Ainda mais quando tenho que passar em lugar já conhecido.
Quando falamos Argentina o que vem na cabeça sempre e´ B.Aires, uma visão limitada do pais e suas belezas.
Certamente não vi tudo que deveria nesta viagem, mas foi o possível com o tempo e orçamento disponíveis. Ficou muito lugar na lista de coisas a visitar de novo no futuro.
Então resolvi enrolar o cabo e terminar logo a trip.
O pior trecho até agora foi da calorenta Santiago até Zuncho Corral e seus 30km ate Quimili.
Imagina uma estrada de 30km dividada em 3.... e que apenas o terço central tem pavimento, os outros terços laterais são de areia com pedra, junte a isto carros, caminhões, bicicleta, moto e poeira indo e vindo e vai chegar bem perto do inferno, estes 30km de Zuncho Corral ate Quimili tem atée video na net, uma vergonha....por sorte os carros e caminhões que vinham do lado oposto desviavam um pouco e eu não precisei entrar na terra. Também tive sorte de não ter nenhum veículo na frente pra ultrapassar pela terra.
Perdi o parafuso do cobre corrente e o próprio devido a tanto buraco e vibração deste trecho.
Em Resistencia tentei cambiar dolares a pesos mas era hora do almoço - a siesta - e teria que esperar 1hr por um banco abrir, usei então um ATM - cajero Link, sacar com Visa, tem um custo mas a facilidade prevalece.
Passei por várias barreiras policiais na estrada e até agora sem nenhum problema, sempre que me param digo bom dia e faço uma pergunta qualquer para quebrar o gelo: tem nafta adelante ou quanto falta para a próxima cidade? Falar um pouco do idioma ajuda.
Quem viaja de moto sabe ou deveria saber que em Pres.Roque Saens Pena e Corrientes moto tem que trafegar na pista lateral (coletoras), se tiver placa avisando isto fica bem escondida.
Isto precisa ser divulgado na net para todos moto turistas, vi tanta moto no sentido inverso e nao consegui avisar ninguém, uma agonia.....
A policia (Gendarmeria) fica neste lugar apenas pegando motociclista brasileiro desavisado.
Eu ja sabia disto e mesmo assim, em Corrientes, um bando de uns 10 me pararam.
Parado ao lado de um monte de moto sem condição de circular no Brasil e gente sem capacete - mas estes eles liberam logo, querem mesmo as grandes motos e $$$$$.
Eu estava de pé na pedaleira da moto esticando e desviando de buraco.
Fui parado por este motivo - aca no es el Dakar, imagina se pierde en equilibrio y cale??
Inventam qualquer coisa pra te parar e tentar "arreglar" a situação.
Argumentei que estava dentro do limite de velocidade, respeitando a coletora e semáforos, e que o motivo de estar de pé eram os vários buracos e ondulações na pista.
Me pediram Carta verde, documento da moto, CNH e como tudo estava ok e tinham que inventar algo me perguntam a minha profissão.
Desculpem os professores mas nesta viagem eu virei Professor, acho que os policiais ficam sensibilizados.
Depois de verificarem que estava tudo em ordem, da minha insistência e perseverança no argumento, me devolvem o documento recomendando cuidado sem pagar nenhuma mordida.
Inferno......... tem que gostar muito de viajar de moto para aguentar o trecho entre Posadas, Corrientes e R.Saenz Pena.
Acelerando a moto paro pra abastecer em Ita Ibate, lembro que no ano passado também parei aqui, e de novo a vergonha.... sem nafta..... coloco no tanque os 4 litros que tenho dentro do amigo Bidon e sigo viagem até Ituzaingo onde consigo colocar 100 pesos, sim, a nafta estava racionada por iniciativa do próprio posto de gasolina......
Outra vergonha para os Argentinos..... faltar gasolina no verão no norte do pais, inexplicável.
Chegando em Posadas, um pouco sem paciência pelo dia chato e passagem em Corrientes, me acomodo no centro, no bom hotel Julio Cesar com direito a tudo por 420 pesos, pagando no Visa.
Amanha Foz do Iguacu, revisão na Suzi2 e casa.
Sem fotos hoje.
Pracinha de Santiago de Estero.
Trecho da estrada a Cafayate
Vista da entrada de Tafi del Valle, muvuka.
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